Descoberta paleontológica revela tesouros pré-históricos no Espírito Santo
Essa é a primeira vez que fósseis são resgatados em cavernas no Estado
Na cidade de Castelo, no sul do Espírito Santo, um achado arqueológico de grandes proporções está ganhando destaque. Na Gruta do Limoeiro, conhecida por seus vestígios indígenas, pesquisadores e servidores municipais encontraram uma verdadeira cápsula do tempo: fósseis de mamíferos do período Pleistoceno, datados entre 2.5 milhões e 11.7 mil anos atrás.
Entre os tesouros desenterrados estão possíveis vestígios de três espécies distintas de preguiças gigantes, um toxodonte colossal, reminiscente de um rinoceronte ou hipopótamo, além de um imponente tigre-dente-de-sabre e um cervídeo. A descoberta, liderada pelo Laboratório de Paleontologia da Ufes em colaboração com o INCT Paleovert, UFBA e Museu Nacional/UFRJ, representa um marco no estudo da megafauna pleistocênica na região.
“É como se tivéssemos encontrado uma janela para o passado distante”, compartilha Richard Buchmann, pesquisador da Ufes, enquanto detalha a importância das peças descobertas.